Seminário na Ceplac discute Constituição de Parques Tecnológicos no sul da Bahia

Leandro Barreto coordena os debates
Ascom/Ceplac/Águido Ferreira

Teve início, na manhã dessa terça-feira (8), o seminário “Atividades de Constituição de Parques Tecnológicos na Região do Sul Baiano”. O evento, promovido pela Ceplac, está sendo realizado até a próxima quinta-feira (10), no espaço do Centro de Treinamento. O objetivo é criar as condições para a implantação e operação do Parque Tecnológico da Ceplac, cuja experiência será compartilhada com outros municípios que também deverão receber equipamentos similares.

Em sua mensagem de abertura, o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, ressaltou a importância do parque, que tem como objetivo desenvolver produtos e processos que possam ser incorporados por empresas. “Isso será feito a partir de pesquisas conduzidas por estudantes em cursos de pós-graduações e buscará parcerias ainda com diversas instituições públicas e privadas, que incentivem ou demandem inovações tecnológicas”, declarou.

No primeiro dia foram realizadas quatro palestras, enfocando a “Visão do Estado da Bahia sobre o Desenvolvimento Regional” (Tiago dos Santos Xavier/Seplan); “O conhecimento e a inovação tecnológica como instrumentos do desenvolvimento sustentável” (Antônio Carlos de Francisco/UTFPR); “Educação com base na Inovação e constituição dos parques tecnológicos” (Rogério Quintella/UFSB); e “A experiência dos Parques Tecnológicos para o desenvolvimento no estado da Bahia” (Leandro Barreto/Secti).

O diretor de Planejamento Territorial da Secretaria de Planejamento da Bahia (Seplan), Thiago dos Santos Xavier, proferiu a primeira palestra da programação. Ele destacou o fomento a políticas públicas voltadas para os territórios nos processos de desenvolvimento econômico e social nas diversas regiões do estado. “É uma postura louvável da Ceplac, discutir de forma sistêmica e articulada com os demais parceiros ações visando o desenvolvimento da região. O governo da Bahia já apoia iniciativas como essa e também estará junto com a Ceplac nesse processo”.

“Um tiro só”

O professor Antonio Carlos de Francisco, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), destacou a iniciativa como um passo interessante, porque agrega diversos segmentos e estabelece os caminhos a serem seguidos. Ele afirma que essa é uma oportunidade ímpar para se agregar competências de vários segmentos em prol do desenvolvimento tecnológico, científico e comercial da região. “Devemos imaginar o seguinte: se o parque criar várias empresas, ele vai além de desenvolver tecnologicamente a região. Também vai impactar em distribuição de renda, em desenvolvimento científico e na redução de desigualdade social”.

Rogério Quintella (UFSB) ressalvou a importância do planejamento na criação do Parque Tecnológico da Ceplac. “Como disse o professor  Antonio Carlos, a criação de um equipamento desses se compara a uma arma com um tiro só. Não pode errar”.

No caso do parque da Ceplac, ele deve focar três áreas: cacau, e seus sistemas agroflorestais, logística de transporte e informática. “Você aproveita a vocação natural da região, que é o agronegócio cacau; a circunstância de ser um grande entroncamento rodoviário, ajudado ainda pela implantação de outros modais, como porto e aeroporto, e o Polo de informática de Ilhéus”.

Já o representante da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Leandro Barreto, demonstrou a experiência dos parques tecnológicos no estado, especialmente o Parque tecnológico da Bahia, localizado em Salvador. Inaugurado em 2012, o equipamento já apresenta resultados expressivos e contribui para a inovação tecnológica em diversas áreas, como o setor de saúde, com propostas de equipamentos para detecção de doenças como mal de parkinson e anemia falciforme.

Para essa quarta-feira (9) estão previstas palestras de representantes do Instituto Federal da Bahia (IFBA); do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da própria Ceplac .